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Em 1995, a magia dos Jogos Escolares da Juventude, realizados em Curitiba (PR), contagiaram uma jovem atleta do handebol do Maranhão, que até então, não podia imaginar tudo o que ainda iria conquistar no esporte. Vinte e dois anos mais tarde, ela voltou a viver esse sonho, mas do outro lado, com a missão de apoiar e incentivar crianças, que como ela, têm grandes objetivos. A história é de Silvia Helena Pinheiro, ex-armadora da Seleção, que com o Brasil disputou Pan-Americanos, Mundiais e Jogos Olímpicos, e agora foi a embaixadoras da modalidade no maior evento escolar do País.

Durante toda essa semana na capital paranaense como um exemplo para os jovens atletas da edição de 12 a 14 anos, Silvia contou que a emoção fez parte do dia-a-dia dela nos Jogos. Ter a responsabilidade de ser a madrinha do handebol já é uma grande honra, mas a coincidência de retornar ao local onde tudo praticamente começou não tem preço.

“Eu estou imensamente feliz. Os Jogos Escolares, em 1995, foi meu primeiro campeonato, minha primeira viagem como atleta fora do Estado, exatamente no mesmo lugar, Curitiba (PR), no ginásio Tarumã”, contou.

Para ela, essa é uma oportunidade única, de poder agregar um pouco mais à modalidade que tanto ama e que transformou sua vida. “Foi uma honra imensurável ser embaixadora e poder contribuir para o esporte. É sempre muito gratificante para mim. O JEJ hoje tem um formato diferente mas tem a mesma relevância daquela época”, resumiu a armadora, que hoje trabalha como auxiliar na equipe maranhense Moto Club, integrante da Liga Nacional desde o ano passado.

Os Jogos Escolares da Juventude em Curitiba (PR) chegaram ao fim nesta quinta-feira (21) e contaram com a participação de 4 mil alunos de 1400 escolas do País.

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Diogo Hubner será o embaixador dos Jogos Escolares da Juventude (Wander Roberto/Photo&Grafia)

Diogo Hubner, atleta da Seleção Brasileira e do E.C. Pinheiros , foi escolhido para ser o embaixador do handebol nos Jogos Escolares da Juventude, na etapa com jovens de 15 a 17 anos, que está sendo realizada em Londrina (PR).

O central vai acompanhar as semifinais da modalidade, na sexta-feira (20), e a final, no sábado (21).

O convite foi recebido por Diogo com muita alegria. “É uma honra ser escolhido embaixador dos Jogos Escolares da Juventude. Já participei da competição em formato diferente, mas a importância era equivalente. Sei o quanto esse campeonato é importante para os mais jovens e ser ser exemplo para essa garotada que aspira algo no handebol é muito bom. Até mesmo para quem não terá uma carreira no esporte é legal ter a oportunidade de participar de um torneio como esse, que forma cidadãos”, declarou o central de 32 anos.

Além de Diogo, o técnico da Seleção Feminina, o dinamarquês Morten Soubak, também foi a Londrina (PR) para acompanhar a competição. O objetivo do treinador é descobrir e acompanhar novos talentos da modalidade.

Em setembro, na etapa de 12 a 14 anos dos Jogos Escolares da Juventude, que foi realizada em Fortaleza (CE), a campeã mundial Deborah Hannah foi a embaixadora do handebol, enquanto o técnico da Seleção Masculina, o espanhol Jordi Ribera, foi ao campeonato para ver o desempenho da nova geração.

Deborah Hannah durante fase da Seleção em fevereiro (Divulgação)

Deborah Hannah durante fase da Seleção em fevereiro (Divulgação)

O crescimento e as recentes conquistas do handebol brasileiro só fazem com que mais crianças e jovens, cada vez mais, passem a praticar e ser fãs da modalidade. Não é a toa que jogadores e jogadoras das Seleções hoje são ídolos e modelos a serem seguidos pelos ‘novos atletas’.

Um exemplo disso pôde ser visto com a presença da central Deborah Hannah, campeã mundial com a Seleção em 2013 na Sérvia, nos Jogos Escolares da Juventude. A pernambucana, que passa a semana em Fortaleza (CE), onde o campeonato é disputado, apesar de ter apenas 22 anos, tem passado a experiência que adquiriu e servido de inspiração para quem tem o handebol no coração.

As crianças fazem fila para tirar fotos e conseguir autógrafos de alguém, que como eles, começou a jogar na escola e chegou longe, muito longe. Hannah é natural de Recife (PE) e depois de jogar pelo colégio e pelo Clube Português, tradicional descobridor de talentos no handebol do Estado, se transferiu para a Metodista/São Bernardo (SP). Hoje, faz parte do elenco do EC Pinheiros (SP). Nesse tempo, integrou as categorias de base da Seleção e chegou à equipe adulta. Convocada pelo técnico dinamarquês Morten Soubak, a jovem, então com 20 anos, viu a grande chance de integrar o elenco que trouxe para o Brasil uma conquista inédita: o ouro mundial.

Deborah Hannah dá autógrafos aos participantes dos Jogos Escolares (Divulgação)

Deborah Hannah dá autógrafos aos participantes dos Jogos Escolares (Divulgação)

Quando disputou os Jogos Escolares da Juventude em 2010, a central talvez não tivesse ideia de que o caminho de sucesso seria trilhado tão rápido e, muito menos, que iria servir como exemplo para tantos jovens. “Eu comecei aqui nos Jogos Escolares. Quando disputei, o embaixador do handebol era o Felipe Borges e hoje ele é meu colega de Seleção”, lembrou a atleta.

Hannah conta com saudade da época em que disputou os jogos, apesar de não fazer tanto tempo. “Eu já participei desse campeonato como atleta e agora como embaixadora. Consigo ver os dois lados e como são importantes. Quando eu jogava, ficava muito feliz em ver o embaixador, conseguir tirar uma foto. Minha primeira medalha brasileira foi nesse campeonato em 2010, em Londrina, pelo meu colégio em Pernambuco. Sei o quanto foi importante para mim e quero passar isso para os que estão aqui disputando hoje”, comentou.

Para ela, ainda é estranho ser um exemplo para os mais novos. “É um pouco diferente servir de modelo para outras pessoas. A visibilidade do handebol aumentou muito e hoje as pessoas nos reconhecem e torcem bastante. Quero que eles saibam que é possível seguir jogando e que é podemos alcançar tudo o que sonhamos”, finalizou a atleta.

Os Jogos Escolares da Juventude são um verdadeiro celeiro de novos talentos e algumas Confederações aproveitam a competição como base de monitoramento. No caso do handebol, um dos esportes mais populares e praticados nas escolas de todo o Brasil, os atletas contaram com a presença de observadores: o presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Luiz Oliveira, o técnico da Seleção Feminina Adulta, o dinamarquês Morten Soubak, e Diogo Castro, preparador de goleiros da Seleção Júnior Masculina. A competição foi disputada em João Pessoa (PB) e encerrada neste sábado (15).

Handebol revelou novos talentos (Gilvan Moreira/Inovafoto/COB)

Handebol revelou novos talentos (Gilvan Moreira/Inovafoto/COB)

O técnico dinamarquês, que foi campeão Mundial com a Seleção Brasileira, destacou a importância do evento para a detecção de talentos. “Nós vimos atletas com um nível muito bom, com técnica e tática. Encontramos, também, meninas que já fizeram parte dos nossos acampamentos e da última fase de treinamento que fizemos com atletas nascidas em 1998 e 1999, em Blumenau. Estamos de olho em muitas delas para atividades futuras. Estou contente com o que presenciei na competição”, confirma Morten.

Um exemplo dos talentos que encontrou por lá foram as meninas das equipes finalistas, Castro Alves (ES) e Colégio Anglo Líder (PE), que teve vitória das capixabas por 18 a 12. Sobre o retrospecto dos times, Morten foi só elogios. “Castro Alves fez uma semana excelente, com um time completo. O Colégio Anglo Líder também faz um ótimo trabalho. Os dois são realmente muito bons e, por isso, acabaram chegando até a final”, enalteceu.

Para o presidente da CBHb, Manoel Luiz Oliveira, é fundamental esse contato mais próximo com a nova geração do handebol, não só para esta, mas para os próximos ciclos. “O handebol é bastante desenvolvido nas escolas. Nós estamos percebendo um crescimento muito grande da modalidade. O nível está excelente e tem melhorado mais a cada edição”, explicou.

Manoel destacou ainda sobre a importância da parceria que a CBHb tem com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o que proporciona colher muitos frutos agora e no futuro. “O nosso trabalho não acaba aqui. A gente observa, avalia, convida para os acampamentos. Muitos dos atletas e técnicos que passaram pelos Jogos Escolares vieram de acampamentos. Nessa competição trabalhamos o futuro do esporte e aproveito para agradecer ao COB por essa relação forte e por nos ajudar a proporcionar o desenvolvimento contínuo do handebol”, lembrou.

Os Jogos Escolares da Juventude reuniram cerca de 4 mil estudantes de 15 a 17 anos de todos os Estados do Brasil para a disputa de 13 modalidades. A competição é organizada pelo COB.

desen-mana-mingeOs Jogos Escolares da Juventude para atletas de 15 a 17 anos seguem nesta semana. Após a disputa de nove modalidades, outras quatro serão entram em cena nos próximos dias, entre elas o handebol. As partidas serão de terça-feira (12) a sábado (16), no Ginásio do Colégio Gentil Bittencourt, do Instituto Federal do Pará (IFPA), do CESEP e do Núcleo de Esportes e Lazer (NEL).

O handebol, um dos esportes mais populares nas escolas, reunirá atletas do masculino e feminino, de cerca de 60 equipes, de todos os Estados.

Os Jogos Escolares da Juventude Belém 2013 são organizados e realizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), correalizados pelo Ministério do Esporte e Organizações Globo. No total, a competição vai reunir cerca de quatro mil atletas de mais de 1200 escolas, para as disputas de 13 modalidades.

A disputa do handebol nos Jogos Escolares da Juventude, para atletas de 12 a 14 anos, tem início nesta terça-feira (10) e vai até o próximo sábado (14), em Natal (RN). Neste período, os estudantes participantes terão a oportunidade de conviver com dois importantes nomes da modalidade: o goleiro Maik Santos e a central Lucila Vianna. Os dois são referências na modalidade e estarão pela segunda vez na competição como embaixadores e incentivadores desta nova geração.

Lucila e Maik incentivam ateltas nos Jogos Escolares da Juventude

Lucila e Maik incentivam ateltas nos Jogos Escolares da Juventude

“Para nós é sempre importante e gratificante servir de exemplo para esta garotada. Dizer o que o esporte fez nas nossas vidas é realmente motivo de orgulho. Não há nada que pague ser reconhecido pelo nosso trabalho e o que nos tornamos, depois de fazer parte desse esporte apaixonante que é o handebol. Temos grande prazer em poder divulgar isso e incentivar quem está começando”, comentou Maik, que no último mês foi eleito o melhor goleiro do Super Globe, o Mundial de Clubes Masculino, disputado no Qatar, defendendo a equipe de TCC/Unitau/Fecomerciários/Tarumã/Taubaté (SP).

Lucila, que foi capitã da Seleção, também comemora a oportunidade de servir de espelho para os estudantes. “Hoje somos prova de que é possível. O Maik carrega com ele o sonho de muitos. No início, ele não imaginava que poderia conseguir chegar tão longe. Só temos a agradecer por sermos convidados mais uma vez. Será um prazer para nós”, finalizou a jogadora, que disputou três edições dos Jogos Olímpicos e foi tricampeã pan-americana.

A competição é o maior evento esportivo estudantil do País e reunirá, nesta edição, mais de 4300 atletas na disputa de 13 modalidades. Os Jogos são organizados e realizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), correalizados pelo Ministério do Esporte e Organizações Globo.